Esta é a histórica praça de maio em Buenos Aires, ao fundo a Casa Rosada, sede do governo argentino. A praça constitui-se em um lugar muita historia e paz, vistada por pessoas do mundo inteiro. Estivemos por lá Paulo ( meu filho) e eu, quando da participação de encontro que discutia o desenvolvimento rural latino americano.

domingo, 5 de agosto de 2012

Palestra do Prof.º Gustavo Pinto da Silva na UFSM

Construindo Mercados Diferenciados - Tema da Palestra do Prof.º Gustavo Pinto da Silva
Alguns estudos tem demonstrado que os mercados se destacam por formas específicas de interação social, na capacidade dos agricultores e das organizações locais em promover ligações dinâmicas, valorizar seus conhecimentos, suas tradições e a confiança que historicamente foram capazes de construir. Assim, não é somente o ato comercial que definem e conformam os mercados, mas um conjunto de relações que se realizam ao longo da cadeia, tais como vontades, poderes, disputas, conhecimentos e recursos que os atores sociais possuem em seus processos de interação social. Atualmente pode-se observar duas tendências principais em relação a forma como esses produtos tem se relacionado com o mercado, uma baseada em relações de proximidade, face – a – face e outra em sistemas e leis que permitem certificar atributos. Tanto uma forma como a outra é regida por acordos, protocolos, convenções e normas, que mediam as relações comerciais. Cada tipo específico é constituído por estruturas e relações diferentes no interior de seus campos, mas embasados em um mesmo conjunto de energias e iniciativas locais que valorizam a cultura e do espaço. O reconhecimento da agricultura familiar como categoria social pelas políticas governamentais, além dos próprios esforços institucionais em torno da formação de políticas públicas, demonstra o papel que o Estado deve ter em buscar soluções para a Agricultura Familiar. Compreender o seu papel como agente construtor de mercado, a partir das diferentes formas de interação social, e num campo organizacional mediados por interesses, disputas e uma multiplicidade de agentes com motivações diferentes, também justifica esse trabalho. A própria compreensão das relações sociais existentes dentro desse campo, permitirá um aprendizado coletivo e individual para definir futuras ações ou mediações em processos de desenvolvimento rural, que possam criar sinergias positivas em arranjos institucionais para maior autonomia da agricultura familiar. Esta definição está diretamente relacionada à capacidade de adicionar, preservar e fortalecer um quadro valorativo dos produtos voltado a atender uma multiplicidade de mecanismos de escolhas. O entendimento do desenvolvimento rural a partir da construção social dos mercados, relacionado a um processo de interação social de agentes, impõe um sentido desafiador a pesquisa, a extensão rural, suas organizações e também para as políticas públicas. As experiências prática dos integrantes do NEPALS servem de base para a compreensão do sentido e de um rumo a seguir na temática.

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