Esta é a histórica praça de maio em Buenos Aires, ao fundo a Casa Rosada, sede do governo argentino. A praça constitui-se em um lugar muita historia e paz, vistada por pessoas do mundo inteiro. Estivemos por lá Paulo ( meu filho) e eu, quando da participação de encontro que discutia o desenvolvimento rural latino americano.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Mate

Porque eu sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura...
(Fernando Pessoa)

A erva mate era conhecida dos indígenas de um tempo em que não se encontra noticia entre a vasta documentação sobre o assunto. O que se sabe sobre o tema é que muito antes de Cabral aportar no Brasil ( 1500) os indígenas já faziam uso desta erva. Quando a Companhia de Jesus chegou ao Brasil, logo tomou conhecimento sobre as reduções de Guairá, e os guaranis (no atual estado do Paraná ) logo vieram até eles. Foi neste cenário que os Jesuítas encontraram a
“erva do diabo” uma droga que tirava o cansaço dos índios, fazia com que não sentissem fome e até excitava sexualmente.
Venturini (2009), relata que, para o Guarani o mate era uma bebida diária e imprescindível, ligada a rituais religiosos dos pagés, e por causa do transe em que ficavam os pagés os padres entendiam ser esta uma erva alucinógena.
As superstições que então se espalharam, sobre as propriedades venenosas do mate, deram causa a um período estacionário da expansão da erva. Entretanto, foi um período breve, e facilmente vencido pelo avanço vitorioso da bebida guarani. Na verdade, as populações platinas não podiam prescindir do mate. A água salobra e infecta dos rios adquiria um sabor agradável com algumas folhas de caá ( como era chamada a erva mate); a alimentação pesada dos habitantes do pampa, onde os já extensos rebanhos forneciam a carne como alimento principal, precisava do mate como corretivo; e as marchas desbravadoras, sob um sol causticante e sob um acompanhamento infalível de vermes e insetos, necessitavam de suas propriedades higiênicas e revigorantes, para que os soldados não caíssem no desânimo e no cansaço. Enfim, por unica imposição do próprio meio, a erva-mate tornava a abrir caminho entre os lares da Jovem América (LESSA 1986.p 45).
Com o fracasso de todas as perseguições de fundo religioso; era necessário, descobrir um outro fundamento para a campanha desmoralizadora do mate. E surgiram as histórias de envenenamento. Havia o caso dos ervateiros a tombar inexplicavelmente sob as cargas de erva-mate; havia o “mal de ânsias”, peculiar aos afeiçoados à erva, assim como as cólicas e inchações; havia dezenas de casos de loucura, e dezenas de mortes por intoxicação, em toda a região.
Assim com o passar do tempo veio a constatação de que a erva não era alucinógena e que seu consumo trazia benefícios a saúde, os padres liberaram seu uso e ainda desenvolveram tecnologia para a reprodução da planta que passou a ser cultivada em ervais próximos as reduções.
Texto extraido do artigo: A AGRI-CULTURA DA ERVA-MATE E SUA INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DA REGIÃO DAS MISSÕES DO RS BRASIL. de autoria deste Gaúcho que será publicado em Outubro em Porto de Galinhas - Permabuco, em evento internacional.


sábado, 18 de setembro de 2010

De volta ao lar



Neste inicio de feriadão retornei a Santiago, um pouco exausto pela intensidade das atividades, vindo de Florianópolis, onde durante um tempo, trocamos idéias, socializamos conhecimentos sobre História Ambiental com pesquisadores, estudiosos e cientistas de diferentes continentes. Sempre é muito bom discutir temas que possam trazer mais informações. Em breve vou me manifestar sobre elas. No centro da cidade encontrei grandes manifestaçãoes políticas, muitos candidatos, estranhei por que muitos estão dizendo serem filhos de Santiago.